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Hegemonia paulista no futebol feminino nacional

Cinco equipes de São Paulo conseguem vagas às quartas na A1 desde 2017, além de títulos nacionais e internacionais

O Brasileirão Feminino Série A1 teve sua primeira fase finalizada na última quinta-feira (24) e está agora em um momento de pausa, visto que os confrontos das quartas de final ocorrerão apenas após as Olimpíadas de Tóquio 2020. Acontece que, observando a classificação final depois da 15ª e última rodada, dois fatos podem ser destacados: os cinco primeiros dos oito times que avançaram são paulistas (Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos e Ferroviária), e três dos quatro clubes rebaixados são os que subiram na última edição da A2 (nenhum de São Paulo). Ambos os fatos demonstram uma hegemonia paulista no futebol feminino nacional.

Classificação final da primeira fase do Brasileirão A1, com
equipes paulistas do 1º ao 5º lugar
Foto: Reprodução/Twitter Brasileirão Feminino

Esta não é a primeira vez que equipes de São Paulo dominam a segunda fase do atual modelo do campeonato nacional, pelo contrário. Desde 2017, primeiro ano da competição neste formato, as quartas de final contam com a presença de cinco times paulistas, sendo que Corinthians, Santos e Ferroviária foram os que carimbaram presença em todas essas edições, incluindo a de 2021. Quanto aos títulos nesse período, mais um domínio: todos paulistas (dois do Corinthians, um da Ferroviária e um do Santos, novamente o trio), com três finais entre clubes de São Paulo entre as quatro disputadas.

Já na Série A2, segunda divisão nacional, deste ano, apenas duas equipes paulistas brigavam pela classificação à segunda fase, das oitavas de final, Red Bull Bragantino e Ponte Preta, sendo que a primeira conseguiu a vaga. Na edição anterior, apenas o Juventus representava São Paulo na primeira fase, parando nas quartas de final. Em 2019, um número maior de paulistas na fase de grupos: Palmeiras, Portuguesa, Taubaté e São Paulo. Verdão e Tricolor fizeram uma das semifinais, e o São Paulo levou o título batendo o Cruzeiro na final. Em 2018, não houve participação das paulistas. Mas, em 2017, a Portuguesa foi vice-campeã e contou com o conterrâneo Adeco na primeira fase.

E a hegemonia paulista se estende ao continente americano. O Brasil é o país com mais títulos na Libertadores Feminina, com nove, e todos são de times de São Paulo: três do São José, dois do Santos, dois do Corinthians e dois da Ferroviária, incluindo o da última edição. Com tantos e importantes números favoráveis, pode-se afirmar que o estado consiste em um modelo de gestão e desenvolvimento a ser seguido pelo país quanto à modalidade. Apesar de o investimento até mesmo lá ainda não ser o ideal e compatível com o suporte que todas as jogadoras merecem e que necessitam para trabalhar.

Jogadoras da Ferroviária comemoram o bicampeonato da Libertadores Feminina
Foto: Reprodução/Twitter CONMEBOL Libertadores Feminina

Em contraponto, demonstrando a instabilidade de grande parte dos clubes pelo Brasil, resultante de um início tardio de valorização das suas equipes femininas, Botafogo (RJ), Napoli (SC) e Bahia (BA) fizeram um bate-volta na primeira divisão. As catarinenses subiram da última edição da A2 como campeãs, e as cariocas, como vice, enquanto as baianas conquistaram acesso com um ataque goleador. Porém, chegando na elite nacional, sentiram a diferença de nível técnico e não conseguiram se manter, voltando para a segunda divisão novamente. Apenas o Real Brasília (DF) teve o acesso e permaneceu, passando a última vaga dos rebaixados ao conterrâneo Minas Brasília (DF).

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