Seleção comandada por José Roberto Guimarães, que coleciona dois ouros, uma prata e dois bronzes olímpicos, também almeja seu primeiro título da Liga das Nações
A Liga das Nações de Voleibol Feminino teve início em 14 de maio e terá fim em 23 de junho, e, até aqui, a Seleção feminina mantém uma campanha invicta, ocupando a segunda colocação na tabela, atrás da Polônia, que detém a liderança pela diferença de mais vitórias em sets.
Munida de uma mescla entre experiência (liderada pela bicampeã Olímpica Thaísa Daher, pela capitã Gabi Guimarães, Rosamaria, Roberta e Carol) e juventude (Ana Cristina, Júlia Bergmann, Tainara e Nyeme), a equipe vem colecionando grandes triunfos na liga, com destaque para as vitórias em cima da seleção dos Estados Unidos (atual campeã olímpica) e em cima da seleção da Itália.
O bom momento da equipe gera expectativas para o lugar mais alto do pódio tanto na competição atual, quanto em Paris 2024. E, além disso, a seleção levará na bagagem grandes conquistas olímpicas. Vamos relembrar:
Bronze em Atlanta 1996
A geração de Regla Torres, Mireya Luis, Márcia Fú e Ana Moser fez boa campanha e conseguiu chegar às semifinais dos Jogos Olímpicos daquele ano, onde tiveram um jogo histórico contra a Seleção de Cuba – marcado pela disputa acirrada durante a partida e pela confusão entre as jogadoras no final -, contudo, acabaram sendo superadas pelas adversárias no tie-break. Mais tarde, disputaram a medalha de bronze contra a Rússia em mais um jogo difícil, que, dessa vez, teve um final feliz, e, assim, a seleção comandada pelo técnico Bernadinho trouxe a primeira medalha para o vôlei feminino brasileiro de quadra.
Bronze em Sydney 2000
A seleção, ainda sob o comando de Bernadinho, com um elenco jovem e renovado (Érika, Elisângela, Walewska, Carolina Albuquerque, Janina, Ricarda Negrão, Leila e Virna), bateu a seleção americana na disputa do terceiro lugar e subiu pela segunda vez no pódio.
Ouro em Pequim 2008
Com campanha irretocável na fase de grupos (cinco vitórias e nenhuma derrota), o Brasil eliminou o Japão nas quartas de final (3 sets a 0) e a China nas semifinais (3 sets a 0), chegando na disputa final contra a seleção dos Estados Unidos. O esquadrão, agora comandando pelo técnico José Roberto Guimarães e composto pelas atletas Paula Pequeno, Fabiana Alvim, Sheilla Castro, Thaísa, Jaqueline Carvalho e Marianne Steinbrecher superou as norte-americanas e se sagraram campeãs dos Jogos Olímpicos de Pequim, consequentemente trazendo o primeiro ouro.
Ouro em Londres 2012
O esquadrão brasileiro não repetiu a ótima campanha da fase de grupos em Pequim, tendo três vitórias e duas derrotas, porém, se superou nas eliminatórias, onde fez jogo emocionante contra a seleção russa nas quartas (3 sets a 2) e passou sem sustos pelo Japão nas semis (3 sets a 0). Mais uma vez, disputou o ouro contra as Estados Unidos, se sagrando bicampeã olímpica, em mais um jogo apertado e emocionante (3 sets a 1). O time vencedor continuava com José Roberto Guimarães no comando e tinha nomes como: Fabiana Claudino, Danielle Lins, Paula Pequeno, Adenízia da Silva, Thaísa Menezes, Jaqueline Carvalho, Fernanda Ferreira, Tandara Caixeta, Natália Pereira, Sheilla Castro, Fabiana de Oliveira e Fernanda Garay.
Prata em Tóquio 2020
Enfrentando um período de renovação de atletas – somente três jogadoras do elenco do Rio 2016 foram para as Olimpíadas 2020: Fernanda Garay, Gabi e Natália – e incertezas da imprensa, o Brasil fez uma ótima campanha na fase de grupos, detendo da invencibilidade e ficando em primeiro lugar. O plantel, agora com caras novas como: Rosamaria, Macris Carneiro, Roberta, Ana Carolina, Ana Cristina e Ana Beatriz Correa, chegou as finais e mais uma vez teve a seleção norte-americana pelo caminho, mas, dessa vez, as brasileiras ficaram com o vice-campeonato.